Caríssimos leitores, obrigada por poder contar com a vinda de vocês até aqui, de diversas partes do mundo.
Hoje estou bem analítica e quero compartilhar com vocês o meu pensamento que vai divagar por alguns anos à frente, imaginando eu, mãe de quatro filhos adultos, três meninos e uma menina. Acho que é muito comum a todas as mães do planeta pensarem neste momento, antes mesmo dele chegar e é bem provável que os meus ideais sejam muito parecidos com os da maioria delas: Todos saudáveis, formados, bem casados, felizes... Mas por gostar muito de explorar a minha mente na busca de me conhecer por inteiro, até no meu pensamento mais íntimo e mais ainda, amar dividir as conclusões positivas a que chego, é que estou aqui, compartilhando tim-tim por tim-tim, desta viagem ao centro do meu momento filosófico.
Venham comigo: Comecei a viagem analisando as famílias que conheço, inclusive a minha. Percebi que cada uma delas tem a sua formação e, não concluindo uma única razão, que umas tem uma relação mais próxima, não menos conflitantes das que por algum motivo se dissiparam por isso em partes ou totalmente. E no meu sentimento de mãe, que é comum a todas, é mais do que óbvio de que eu penso na minha sempre unida, mas já concluí também, que não necessariamente junta. Na verdade eu sou do tipo de mãe que, embora tenha um imenso amor pelos filhos, não ficaria feliz em vê-los "na barra da minha saia". VERDADE! Fico inquieta só de pensar que eles, ou algum deles, possam ser dependentes de mim e do pai em suas necessidades básicas. Acho que é por isso que me empenho tanto em formá-los fortes. Eu, aliás, o mundo pensante, não considera salutar para um ser humano, que ele não possa dar conta da própria vida e cuidar da família que construiu, seja lá como for. Por outro lado, meu senso materno converge esse raciocínio lá pra dentro do coração. Aí já deixei de ser pragmática e me entreguei ao mundo do romantismo. Eu sei perfeitamente de uma coisa: Quero ser amada! Caramba! Educar de verdade não é uma tarefa simples. Dizer NÃO, gera conflitos e discordâncias. E eu sou danada! Pra me convencer, só me dando boas razões. Como diz Martha Medeiros: "Creio que fui abençoada com um coração gigantesco e em contrapartida com um pavio bem curto, são os ápices que me mantém em pé". Me vejo! Se não sustento mais e sou durona, será que eles vão continuar me amando? Essa pergunta eu acho que paira sobre a cabeça de muitas mães. Já tenho uma resposta para o meu caso, que não sei não, de onde veio, mas ela chegou: SIM! E um sim bem grandão e bem fortão. Latente no meu peito e na minha mente. Mas o que vai definir isso será a genuinidade com que conduzo o nosso relacionamento. Mas toda essa viagem mental, não tem haver com a minha realidade de hoje, pois me sinto muito amada por eles e somos felizes em nossas relações. Tem haver com o futuro, com a vida madura deles e as circunstâncias evolutivas que a vida colocará. Ôpa! Outra conclusão que eu considero brilhante: Seja UM ponto positivo de referência! Isso! Mas não O ponto! Vejo os meus filhos conhecendo pessoas que serão muito importantes em suas vidas e que eu terei sido UMA delas. Sim, muito importante, mas não a única ou a melhor. Tenho consciência de que ensinei muitas coisas maravilhosas, participei do princípio de tudo, mas o mundo reserva pra eles coisas fantásticas, que estão nos meus ideais e que eu quero de fato que se concretizem. Fora aquelas que eu não cogito e que acontecerão. Que bom! Acho que a pergunta: Qual terá sido a minha importância na vida deles, já está mais do que respondida. "GRANDONA!" Um outro ponto é muito certo: Terei muitas noras e provavelmente menos genros. Por isso focarei nos meninos. Nossa!!!! Como será ver a minha casa sendo invadida por mulheres jovens, bonitas, diferentes de mim... E meu marido?! E quando meus filhos estiverem amando de verdade, pela primeira vez? Ainda não tive esta experiência. E quando definirem uma mulher só para suas vidas? Gente, desculpem a franqueza. Falo abertamente assim, porque a minha proposta inicial foi fazer uma viagem ao meu pensamento mais íntimo. Se eu não escrevesse isso, teria ido agora, tudinho, por terra. Eu sei que as mulheres pensam sim, por isso as sogras são tão problemáticas, mas raríssimas tem a coragem de dizer. Deixa quieto. Estou imaginando agora meus filhos em relaciomanetos mais sérios, completamente envolvidos por figuras femininas que vivem mundos completamente opostos aos meus, com princípios diferentes, mais inteligentes ou não, mais bem sucedidas, mais dependentes, mais PREGUIÇOSAS, mais batalhadoras, mais seguras, mais prendadas, mais preparadas, mais alegres, mais engraçadas... E por aí vai. Como é que será conviver com tudo isso? Que mudança brusca na nossa vida cotidiana... Eu saio do centro das atenções! Realmente, como refletir faz bem... Tira agente do nosso mundinho. Olha só quanta coisa eu já pensei em tão pouco tempo. Estou escrevendo ininterruptamente, viu gente?! Não dizem que é bom agente treinar antes de uma entrevista? Então! Eu estou treinando antes de chegar a minha vez, para não dar furo OU MELHOR AINDA: PARA NÃO ACHAR QUE TUDO ACABOU! E NÃO ACABA MESMO! Não se eu tiver as rédeas da minha própria consciência emocional. Se eu souber realmente quem eu sou e que valores tenho e nesse ponto, acredito que eu tenha muito a agregar. Meu primeiro pensamento já foi definido sobre esta questão: Meus filhos e minha filha, se os quero mesmo felizes, sei que precisarão AMAR! Amar no sentido sexual mesmo! PAIXÃO! Se Deus quiser, aqueles que optarem pelo matrimônio, casarão apaixonados por seus parceiros, que serão as pessoas mais importantes para eles. Tem que ser. Para terem mais tesão de viver, uma grande razão para batalhar um futuro melhor, construir uma família feliz. E eu já me comprometi a NÃO ATRAPALHAR, NÃO COLOCAR MINHAS FRUSTRAÇÕES NOS PARCEIROS DELES, NÃO COMPARAR AMOR DE MÃE COM O AMOR DE QUEM VAI DIVIDIR UMA VIDA INTEIRA COM ELES. Somente pra me lembrar: Todos os pais morrem um dia e eu não fugirei à regra, bem idosa, claro, rs... Mas quero deixar meus filhos amparados. NÃO VOU LISTAR TODOS OS DEFEITOS DELES, NÃO VOU ACHAR QUE MEUS FILHOS SÃO MELHORES QUE ELES, NÃO SEREI RIVAL DAS FAMÍLIAS DE LÁ... Buscarei ter a consciência de que eles terão as pessoas que forem importantes para o seu desenvolvimento. Ninguém no mundo só tem defeitos. Vejam que a opção da maternidade tem uma função muito mais complexa do que amar filhos. É aprender MUITO também. Fácil? Claro que não! Mas dificuldade eu hoje tiro de letra! Deus foi tão benevolente comigo, que já me calejou bastante e estou aqui, firme e forte. Não que eu não ore todas as noites pedindo Proteção para eles e que Deus seja benevolente nas pessoas que passarão por suas vidas. Acredito muito que eles já são privilegiados pelos pais que tem e tenho uma Fé Gigante de que todas as dificuldades até aqui, serão compensadas daqui há pouco, mas por isso mesmo, pra merecer isso é que me preparo. Quero amar os parceiros dos meus filhos, mesmo cheios de defeitos ou com qualidades muito melhores que as minhas e ser o ponto agregador, a palavra amiga e verdadeira, mesmo que dura, porém terna. Que nossa casa seja sempre o lugar sagrado, o templo de boas lembranças, o aconchego eterno e que eles consigam construir tudo isso de uma maneira muito mais estruturada, com mais tranquilidade, menos dificuldades e que eu não precise convida-los para visitar o lar, que mesmo depois de casados, nunca deixará de ser deles e dos seus parceiros e da melhor parte de toda esta transformação: Os netos e bisnetos e quem sabe, tataranetos. Assim eu saberei que fui uma boa mãe e que tudo valeu mesmo a pena. A minha parte eu já estou tentando fazer desde sempre.
As Plurimulheres são assim: Conscientes, visionárias, analíticas, auto-críticas e aproveitam as adversidades para desenvolver o autoconhecimento, ler o que a vida tem para ensinar e viver cada vez melhor.