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terça-feira, 7 de novembro de 2023

ENEM 2023 - MINHA CONSIDERAÇÕES

 "Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil."

Eis as minhas observações acerca da temática proposta pelo ENEM 2023.

Aos meus queridos e minhas queridas, leitores e leitoras deste blog, trago os meus cumprimentos, a minha declaração de saudade de trocar ideias com vocês e os meus agradecimentos por passarem por aqui.

Hoje, ou melhor, ontem, me cutucou e instigou demais ler a proposta de redação do ENEM 2023, tema importantíssimo para ser discutido e analisado na nossa sociedade. 

Esse, na verdade, foi um assunto que sempre me estimulou a escrever em meu diário, com vários desabafos pessoais, que nesta postagem tento compartilhar com vocês, ainda que apenas alguns dos meus pensamentos acerca dessa polêmica.

Já que não tive a oportunidade de prestar esse exame, deixo aqui expressada a minha opinião, sem todas as técnicas que uma perfeita redação dissertativa argumentativa exige. Ou seja, muito mais livre para expor o que penso.

Começo ressaltando a importância que o cuidado, de uma forma geral, representa na formação de uma sociedade e inspirada na Professora de filosofia Lucia Helena Galvão da instituição Nova Acrópole de Brasília, a quem muito respeito e admiro, fazendo uma citação etimológica sobre o significado da palavra "cuidar".

A palavra deriva do latim "cogito", que significa remoer no pensamento, pensar, cogitar.

Assim como "curar", ambas têm o sentido de proteger o ser humano, a sua dignidade. 

"O cuidado é um estado de sofrimento mental ou de absorção: cuidar é um estado mental sobrecarregado, um estado de ansiedade, medo ou preocupação em relação a alguma coisa ou alguém."

Fonte: https://1library.org/article/cuidar-e-cuidado-etimologia-e-apontamento-hist%C3%B3rico.zk3x9g1y

Partindo dessa premissa, de que cuidar é estar no estado de preocupação e engajamento no bem-estar, seja de alguém ou de alguma circunstância que levem pessoas a ele, não haveria necessidade alguma de se fazer qualquer distinção de gênero nesse sentido. Essa deveria ser, como o termo mesmo propõe, uma missão de todos os seres humanos, de uns para com os outros.

Mas preciso aqui desabafar o que penso sempre que me percebo na necessidade obrigatória de separar homens e mulheres nesse "jogo de servir" e de pensar sobretudo na visão social e suas consequências sobre a aplicação prática de um e de outro para chegar à proposta da banca do ENEM deste ano, que visa a análise especificamente a respeito do segundo gênero.

Sinto a necessidade de dissertar sobre a tarefa de cuidar de uma forma geral, antes de me aprofundar nas especificidades dos menores, idosos e portadores de deficiência. 

Os homens cuidam. As mulheres cuidam. Cada vez mais de áreas comuns. E cada qual também já demonstrou, cientificamente, que as inteligências cognitivas, bem como a sua dosagem em cada ser humano, tem mais a ver com genética do que com gênero. Ponto.

E é com essa ideia em mente, de que não há relação de superioridade ou inferioridade intelectual entre "gêneros", que inicio a minha empreitada reflexiva para chegar a alguma conclusão ao final deste post.

Adoro fazer perguntas: por que às mulheres cabe a predominância da responsabilidade dos afazeres domésticos e do cuidado com as pessoas?

Porque são trabalhos que exigem uma sensibilidade diferenciada, que as mulheres trazem numa quantidade mais expressiva?

Se a resposta for sim, eu faço outra pergunta: E por que então não há valor monetário condizente com essa expressividade preponderante nas mulheres?

Pergunto mais: será mesmo que as mulheres são dotadas de mais emoção, de detalhismo mais apurado, de sensibilidade e amor, só por serem do sexo feminino? Os homens não possuem estas características?

Agora refletindo mais objetivamente: o quanto de importância tem na cabeça de cada um sobre o cuidado das crianças na formação das nossas gerações? Que tipo de cuidado elas precisam ter para formarmos uma boa sociedade? De quem? Por que? Por quanto tempo?

São perguntas difíceis de se responder pela diversidade de opiniões que cada pessoa tem.

E os idosos? Que importância têm para cada indivíduo? Despesa? Trabalho? Inutilidade? Ou experiência, conhecimento prático e disponibilidade para cuidar?

Cada  qual, dentro de contextos particulares, tem a sua própria história e a sua importância no meio em que vivem.

Sobre os deficientes tenho uma visão muito particular. Vejo-os como missão e como lembrete da vida de que, querendo ou não, sendo solícitos ou não, por compulsoriedade nestes casos, precisamos cuidar de quem não poderá nos dar qualquer retorno. A dedicação nesse cuidado também tem muito a ver com os contextos particulares e a construção psíquica de cada um.

Dentro da minha construção, acredito que o exercício de cuidado, seja no pensamento, na preocupação com alguém que amo ou com a sociedade em que vivo ou nas ações que pratico em relação ao que penso, tem a ver com o que recebi ao longo da minha trajetória, mas também tem muito do que trago comigo, sei lá de onde.

Se dedicar-me a pensar no tamanho da importância que o cuidado tem para mim vou me chatear bastante ao constatar que as pessoas que empenham as suas vidas a cuidar, sejam mulheres ou mesmo os homens, são tão pouco valorizadas e até mesmo invisibilizadas, de fato, como o próprio enunciado sugere.

Um exemplo clássico disso são as mulheres que optam por cuidarem dos seus lares, dos seus idosos e de seus deficientes, que não produzem valor financeiro advindo dos meios burgueses, do neoliberalismo, serem vistas como submissas ou infelizes, subjugadas por seus homens, que quando se separam, não julgam mérito na divisão de seus bens de modo igualitário. Querem lhe dar aquém do seu esforço, forçando-as a viverem de maneira menor e às vezes indigna até, como uma punição indireta, ou seja, um desvalor declarado sobre o cuidado que dedicaram.

Isso para mim deveria vir em contrato matrimonial ou familiar: a função de cada um e o valor atribuído a cada papel nas relações.

Sem contar, já elucubrando, sobre o caos gerado pela ausência do cuidado dessas áreas importantes. As mulheres buscam o seu valor desesperadamente, se ausentando dos seus lares e se sujeitando a receber míseros salários apenas para receberem o título de "mulheres guerreiras". Rótulo, a meu ver, criado de caso pensado pela indústria do lucro desmedido que só pensa no agora. 

Pensamento já herdado pela falta de cuidado? Sei lá. Pessoas se constroem egoístas por diversos motivos, sem um sentido claro, a meu ver.

Percebo as mulheres cada vez mais perdidas na dicotomia entre o ir ou ficar, entre serem "livres" escravas do sistema burguês ou "prisioneiras" do servir quase gratuito que o seu amor incondicional oferta. 












sexta-feira, 15 de abril de 2022

Uma Opinião Sobre a Páscoa

 Olá, caríssimos leitores! Há quanto tempo!

Hoje venho compartilhar uma reflexão com vocês que considero importante, uma vez que é uma questão sempre posta em tempos de Páscoa por toda a comunidade Cristã e também pelos não cristãos, que muitas vezes não entendem as simbologias das religiões.

Eu pensava sobre o "sacrum facere" ou o fazer sagrado, que se tornou popularmente conhecido como o  Santo Sacrifício, comemorado sempre na quinta-feira da semana de Páscoa e o seu verdadeiro sentido.

Em Lucas 22:19, em Matheus 26:26 e Marcos 14:22, os três nos contam sobre esse momento onde Jesus prepara os seus discípulos para o momento do sacrifício pelo qual ia passar e deixa a seguinte mensagem:

Enquanto comiam, Jesus pegou um pão, deu graças, quebrou-o e deu aos seus discípulos dizendo: "Tomai e comei, este é o meu corpo que é dado por vós," E do mesmo modo, ao fim da ceia, ele pegou o cálice e deu aos seus discípulos dizendo: Tomai e bebei todos vós. Este é o meu sangue. O sangue derramado pela nova e eterna aliança para que estejam sempre livres do pecado."

Imaginando esta cena e tentando sentir o que Jesus tentava dizer com este sacrifício, refleti o seguinte:

Toda a responsabilidade, toda a obrigação que tomamos para nós se torna um compromisso. E este ato acaba sendo uma forma de doutrinar, de domar os nossos instintos da preguiça, do desânimo, da sugestão externa e interna de que é desnecessário, de que já é o bastante ou qualquer outro pensamento de desistência.

Eu entendo o santo sacrifício como esse esforço. De lembrar "ad eternum"  até a volta de Jesus as verdades que Ele nos trouxe. Para que as revelações que Deus nos ofereceu através Dele, nunca sejam esquecidas, além de gerar o sacrifício da obediência, nos tornando íntimos e práticos com os sacrifícios que o próprio Jesus praticou para nos libertar do pecado original e nos reconciliar com Deus.

Fiquei pensando que parece uma coisa tão obvia e tão simples em relação ao que Jesus sofreu e me perguntando por que então há tanta controvérsia, tanta rejeição por aqueles que justamente mais precisam?

Conclui que as pessoas só vão crer nisso quando, aqueles que professarem esta crença sejam, de fato, buscadores da sua vivência.

As pessoas observam o que somos pelo que fazemos, pela forma como agimos com os outros, como nos posicionamos perante à vida. A nossa energia, emanada pelo nosso coração, não mente e não engana.

De tudo o que eu li, não entendo que Jesus esteja ao lado das prostitutas, dos ladrões ou dos excluídos. Ele esteve inclusive a lado de um soldado romano, de homens de posse.  Vejo que Jesus estava para aqueles que o ouviam, para aqueles corações voltados à mensagem que Ele vinha trazer. É que, normalmente, vemos os que sofrem como mais suscetíveis à busca pela luz Divina ou pela cura das dores da alma, deveria, mas nem sempre. O que entendo é que Ele sentia a energia da disposição para a mudança. Ele falava para todos, porém filtrava aqueles que se dispunham a tentar serem um pouco melhores do que ontem.  

Se Ele não tivesse feito essa distinção benéfica, positiva, não faria sentido algum se empenhar no sacrifício da mudança interior. Ele lavaria os pés até daqueles que não creem. Não acho que foi isso que Ele fez.

Por isso, me preocupo com quem diz: " Temos que estar ao lado dos excluídos e marginalizados como Jesus esteve." Esta ideia pode, sem querer, dar uma conotação de proteção aos criminosos e a qualquer pessoa que "se coloque" vulnerável, mas que no entanto não tenha o coração inclinado para Deus.

Deus faz assepsia sim. Não por ideias materiais, mas sim espirituais. Ele separa o joio do trigo e nos induz a isso também. Mas a intenção é interior e não exterior. É a profundidade e não a superficialidade. É o posicionamento perante à vida e não à aparência ou ao que ostenta. É a verdade interna e não o rótulo colocado.

O segundo mandamento das tábuas de Moisés, depois de amar a Deus sobre todas as coisas,  é o de que "não devemos tomar o santo nome de Deus em vão." Essa exortação é para que nos preocupemos com as ações Divinas. Professar Deus não é crer Nele. Quem crê de fato, se esforça para ser. Por isso Jesus esteve aqui. Para nos ensinar como. E é para essa disposição que a Páscoa nos convida.

Até a próxima e uma ótima Páscoa, repleta de boas mudanças interiores para todos!

Alê Luiza

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

EU

 Por Alessandra Luiza


Eu brincava, toda criança brinca

Eu sonhava, toda criança sonha

Eu imaginava, não conheço uma que não

Mas eu a trouxe comigo, esses conheço poucos então


Todo adulto come

Todo adulto vive

Todo adulto sobrevive


Eu degusto as flores

Me comunico com o voo dos pássaros

Faço carinho nas plantas

Aí sim vou pro mundo viver

Igualzinho, só de que diferente


Inspiração da manhã do dia 05 de janeiro de 2020

Gratidão!



sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Reflexões

 O ódio diz que resolver as coisas com a paz é a maior das tolices humanas. Sugere sempre que a mansidão não muda nada e que ela significa submissão e comodismo. 

Esse trabalho que o ódio faz tão bem no meu ouvido, no seu ouvido e no ouvido de cada um, diuturnamente, me lembra muito a cobra que metaforicamente é citada no livro mais lido do mundo: a Bíblia Sagrada.

É claro que eu não sou adepta à visão de que o conhecimento pertença a uma árvore proibida ou pecaminosa. Mas quando me refiro a essa afirmação tão temida há mais de sei lá quantos anos, imagino que os que mais criticariam esses vagos pensamentos que aqui exponho provavelmente serão aqueles que se alimentam e desfrutam das maçãs como elixir de poder. Comem cada vez mais. Meu apreço é maior pela ideia de cultivá-las. Sou do tipo que gostaria que tivessem muitas macieiras pelas ruas. Para quem quisesse comer maçãs. 

Mas volto à reflexão inicial observando que somos constante e insistentemente bombardeados com a ordem de que só luta quem enfrenta com o sangue atingindo a ebulição ou quando a língua se transforma numa arma potente, dessas de última geração, que atira tudo o que pensa e não deixa barato, com um poder tão grande que coloca a educação imóvel, amordaçada num canto qualquer. E sigo caminhando pelos túneis da vida,  tentando enxergar alguma chance, alguma luz além da que carrego comigo de que a Terra um dia encontre a paz. Fico só vendo as "Evas" (pessoas que aceitam as sugestões do ódio) propagando aos "Adãos" (aqueles que sequer viram de onde o ódio veio que mordem as maçãs com vontade). As podres. Mordem tão rápido que não prestam atenção. E pelo visto, todos esses vão continuar por aqui durante muito tempo. Fazer o quê? 

Enquanto isso eu sigo negando o ódio e sendo atacada por ele de nomes que provam o seu descontentamento. Sabem de uma coisa? Continuarei descontentando o ódio. Gosto disso. É meu jeito de lutar.

Por Alessandra Luiza


terça-feira, 24 de novembro de 2020

Mulheres Empoderadas

Por Alessandra Luiza

Nobres leitores do blog Plurimulher, que criei em 2010 com o intuito de unir meus pensamentos com a habilidade e o gosto pelas palavras escritas. Neste espaço procuro expressar não somente as minhas reflexões, mas também os meus sentimentos numa plataforma que não obriga ninguém a ler. Procuram os meus temas e descobrem as minhas letras aqueles que por vontade própria ou energia, quem sabe, se conectam.

Aqui vocês não lerão nada que não sejam ideias, meras ideias, que podem mudar ao longo do tempo. Nada é imposto ou colocado como verdade absoluta. Até porque a "plurimulher" que acredito busca trazer ao mundo todas as virtudes e habilidades que só o ser feminino, diverso como é, tem para oferecer. E esse trabalho implica em mudanças, muitas mudanças.

Hoje vou dissertar sobre o tema "Empoderamento Feminino". Quem espera ler aqui algo sobre: Mulher é igual ao homens, os homens tem que respeitar a mulheres, mulher pode ser o que quiser ou algo do tipo, vão se decepcionar. Quem me conhece sabe que busco sempre a reflexão por outros caminhos. Gosto de observar todos os lados, todas a reações de gênero e principalmente, buscar a causa de cada uma. Isso sim me encanta! Por que o que me interessa mesmo, o objetivo de ler o mundo é o de encontrar hábitos que levam a uma vida realmente boa e prazerosa para mim e para os que me cercam, sob qualquer circunstância.

Vou aqui então fazer uma lista simples sobre o que eu considero como ser uma mulher empoderada e que tipo de empoderamento eu como mulher e com todo o prazer de ser, busco colocar em prática todos os dias de minha passagem pela Terra. Repito que não acredito em verdades absolutas, mas a quem se identificar ou enxergar algum sentido ou a quem até não concorda, porém respeita a minha visão, fica aqui o meu abraço. 

A mulher empoderada para mim...

A mulher empoderada para mim é aquela que acorda de manhã e tem aquele dia como presente e já desce da cama pensando em construir um dia bacana para ela e para as pessoas que estão com ela; 

A mulher empoderada para mim é aquela que sabe a importância que a sua visão mais sensível tem e que pensa em como vai utilizá-la de uma maneira inteligente para ser bem compreendida;

A mulher empoderada para mim tem plena consciência da necessidade de ter saúde física e por isso cuida da sua alimentação e da sua higiene pessoal como algo indissociável de uma vida com qualidade; 

A mulher empoderada para mim é aquela que tem gosto por aprender coisas interessantes, aquelas que podem fazê-la crescer e se desenvolver como ser humano;

A mulher empoderada é capaz de ler com prazer sobre tudo em plataformas diversas, físicas ou digitais, sejam livros, artigos, revistas, sobre os temas mais variados, desde culinária, beleza, humor, fitoterapia até física quântica. E lê textos grandes até o fim porque busca ser aquela que faz jus à sua complexidade humana;

A mulher empoderada tem bom humor e sabe que as responsabilidades necessárias do cotidiano e o cuidado com os detalhes exigem muito da mente, pesando o espírito no final do dia e que somente  boas gargalhadas podem devolver o equilíbrio da paz;

A mulher empoderada usa a sua poderosa sensibilidade para apreciar as belezas da vida. Elas gostam de arte, da natureza, dos encantos sutis e singelos escondidos onde quase ninguém é capaz de ver, o que traz mais leveza aos seus dias cheios de compromissos;

A mulher empoderada, por ser antenada com tudo, tem sempre uma opinião interessante e quando não sabe sobre algo, não desperdiça suas palavras apenas para impor o seu ponto de vista. Ela quer falar com propriedade e vai em busca do conhecimento necessário e completo para contribuir positivamente;

A mulher empoderada não suporta fofoca ou falar negativamente das vidas alheias porque a quantidade de assuntos interessantes que ela tem para expressar, não dá espaço para temas que além de não acrescentar, arranham a sua imagem. Ela fala sobre problemas sociais gerais com o objetivo de encontrar soluções inteligentes. Ela tem plena consciência do seu próprio valor e do valor que cada pessoa também tem. Ela não enxerga com bons olhos aqueles que tentam diminuir os outros;

A mulher empoderada quer ficar marcada por suas inteligências, intelectuais e emocionais e não admite sair do seu equilíbrio num debate ou mesmo numa discussão simples, muito menos levantar a voz, mas fala com toda a firmeza e o poder que só uma mulher que se admira e sabe o que está falando consegue. Ela não entra numa briga para perder.

A mulher empoderada gosta de homens fortes, que se sentem poderosos também e que fazem jus ao título, porque assim não precisam de serem cobrados por elas; Para a mulher empoderada não existe a possibilidade de ensinar um homem como ele deve ser ou se comportar, porque o seu homem já sabe muito bem;

A mulher empoderada não escolhe o seu homem pela conta bancária, mas também não aceita ser banco de homem nenhum. Ela quer aquele que se empenha tanto quanto ela para viver uma vida de qualidade. Tendo ou não uma vida financeira consolidada, o homem que ela quer precisa ter o caráter forte, antes de qualquer coisa.

A mulher empoderada não precisa e não quer ter que exigir respeito nem dos homens e nem das mulheres porque antes de tudo ela se respeita;

A mulher solteira que é empoderada, não entra numa relação onde o homem é comprometido porque, assim como ela faz suas escolhas com sabedoria e atitude, ela não aceita alguém que não saiba fazer o mesmo quando está infeliz, muito menos alguém que brinque com os sentimentos alheios ou não saiba o que quer;

A mulher empoderada solteira não procura relacionamentos porque é feliz consigo mesma e sabe que para compartilhar a sua vida equilibrada e feliz precisa ser com alguém com a mesma vibração. Ela tem plena consciência de que alcançar essa dádiva é como descobrir um tesouro e admite tranquilamente que quando isso é possível, sua vida incrível fica ainda melhor. E enquanto não encontra, segue deixando seus rastros de virtudes por onde passa;

A mulher empoderada casada respeita o seu matrimônio e os seus filhos. Ela não trai porque escolheu o seu parceiro com o amor próprio que possui e portanto está feliz na relação. Quando o casamento de uma mulher empoderada fica ruím, ela utiliza o diálogo respeitoso para compreender o motivo, porque ela entende que o outro é tão humano quanto ela e quando sozinha não consegue resolver, busca ajuda profissional. Se depois de tudo as coisas continuam ruíns, sem perspectiva de evolução, ela se recusa a viver numa relação infeliz e coloca um fim definitivo, sempre com a sua dignidade e o seu respeito intactos. 

A mulher empoderada fica sozinha o tempo necessário após um término para compreender bem os erros e acertos da relação anterior.

A mulher empoderada não usa o seu corpo ou seu "sexappel" para conquistar os homens. Esse tesouro ela guarda para aqueles que realmente a conquistaram e provaram que merecem o prêmio;

A mulher empoderada educa filhos poderosos;

A mulher empoderada reconhece que este título dá bastante trabalho, mas ela não tem medo de se empenhar porque ela deseja conquistá-lo mais do que tudo, de maneira genuína. Sem precisar exigi-lo.

Essa mulher não somente é respeitada como também admirada e ajuda o mundo a ficar melhor.

Precisamos de mulheres empoderadas, precisamos de Plurimulheres. Sempre há tempo de encontrá-las em nós. Eu vou buscá-la todos os dias, enquanto eu viver e você?










quinta-feira, 5 de novembro de 2020

 Caros pensantes leitores, 

Estou eu hoje aqui refletindo, fazendo conexões sobre as questões que comovem a massa e observando com muito cuidado todas as opiniões que são lançadas. Me entristeço um pouco! A orquestra começa a tocar apenas uma música e logo ela se tornar tão popular a ponto de não se tolerar nenhuma outra ou mesmo um tom diferente para a que está sendo tocada em todas as rádios. 

Como pode o homo-sapiens-sapiens evoluir tão lentamente? E olha que não me acho inteligente não, pelo contrário! Sou mega distraída pra algumas coisas e também preciso de um tempo para formar opinião sobre algo. Mas me refiro ao exercício que, além de eu gostar bastante, vejo como fundamental para viver nesses mundão de Deus: o pensar, o refletir, o questionar, o buscar os lados e os porquês.

Neste exercício, resumo o caso Mariana Ferrer, que foi estuprada inconsciente por um cara totalmente sem noção e infeliz, perdido no dinheiro que tem e deslumbrado no mundo fútil em que vive, da seguinte maneira: Ele cometeu um crime! Tem que pagar. Não existe justificativa pro seu ato criminoso. Isso é INQUESTIONÁVEL! PONTO. Porém...

A postura dela deve ser debatida SIM! 

A quem interessa que as "marianas" continuem a existir? A esses próprios caras sem noção!

Mulheres que vão seguir suas vidas de uma maneira, que talvez nem tenha sido o caso da menina em questão, mas que é o que vemos por aí, mostrando exuberância e seduzindo com suas partes eróticas, usando substâncias químicas de todos os tipos nas festinhas frequentadas por esses tipos. As que vão continuar defendendo que fazem o que bem entendem das suas vidas e que este tipo de diversão é liberdade, vão, na minha singela opinião, continuar sendo as mesmas que dizem que os homens não prestam, que não querem nada sério e que o amor não existe.

Autopreservação é um gesto de amor próprio. Cuidar-se de si mesma é uma liberdade que gera autoestima e mostrar o que é valioso só vale pra quem realmente já provou que merece.

Mas é incrível como ninguém quer tocar nesse assunto. As próprias mulheres condenam e atacam quem fale sobre essa postura "libertina". Só o homem pode ser julgado? A mulher não?

Nem acho que ela nesse caso, deva ser julgada. Quem deve ser condenado é ele. Mas o seu perfil pode e deve ser analisado e debatido SIM.

Vamos começar a pensar em quebrar as vitrines dos prazeres doentios. Esses homens, que enxergam as mulheres apenas como "comida", precisam morrer de fome.

Nós mulheres precisamos focar no desenvolvimento de nossas habilidades eróticas e o nosso sexy-appel apenas para quem realmente valha a pena e que nos queira verdadeiramente bem. 

Respeito quem não concorda com a minha opinião. Mas não comungo de que os homens são todos canalhas e de que as mulheres são todas sempre santas e injustiçadas. 

O bom existe, o ruím existe, o virtuoso e o mau-caráter também, independentemente do gênero. Aprendamos a diferenciá-los e vivamos com mais qualidade.

Por Alessandra Luiza

terça-feira, 29 de setembro de 2020

O Começo do Caos

 Nobres leitores deste blog,

Me pego hoje numa reflexão íntima que acho interessante dividir aqui com vocês, com o objetivo de uma busca por respostas para a pergunta: Qual seria a estrutura social mais saudável pra gerar harmonia entre a humanidade? Essa é uma pergunta bastante complexa que perpassa milênios e que independentemente do pensamento dominante do momento, sempre há conflitos e mais perguntas e acabamos por ter sérias dificuldades de encontrar uma única definição que nos leve à paz. Apesar de tantas controvérsias, viver com tranquilidade é o que todos os seres humanos almejam. 

O pensamento Cristão, que tantos defendem, inclusive eu, era de extremo respeito às mulheres, seja qual fosse a sua escolha de vida e as inseriu em vários contextos da passagem de Jesus pela Terra.

No entanto, uma grande parte do pensamento religioso insiste em colocar a mulher como ser inferior ao homem, justificando até hoje a passagem bíblica da gênesis que conta que o ser feminino nasceu da costela do varão.

No momento atual vivemos uma verdadeira batalha, extremamente necessária diante dos sofrimentos e incompreensões históricas, entre o gênero masculino e o feminino, na busca pela afirmação definitiva de quem é mais importante ou forte ou inteligente ou capaz, do que quem.

Observo tudo isso e compartilho com vocês a minha visão juntamente com o sonho, quase utópico, de que haja uma mudança nesse debate e que um dia, todos os homens e mulheres, possam se interessar com a mesma intensidade em descobrir de fato, qual seria a melhor saída para um convivência saudável e prazerosa, para ambos.

Começo a expressar a minha visão analisando a frase tão defendida por uns e tão repugnada por tantos: "O homem é o cabeça da família e da sociedade".

Eu concordo com ela e me identifico! Sim! Mas tenho muitas observações em seu torno também!

Numa conclusão momentânea, o que não tomo com uma verdade absoluta, mas diante às minhas experiências e minhas observações, estando sempre aberta à controvérsias e a bons argumentos,  acredito ser a frase citada uma máxima de uma "matrix" da qual estamos inseridos. Obedecendo a uma ordem cósmica. Assim como funciona todo o ecossistema universal, onde cada qual exerce o seu papel, sendo o homem e a mulher, tecnicamente, os únicos seres que podem contestar e escolher de acordo com o seu arbítrio, seguir ou não à uma ordem social e a criar quantas achar que convém.

Mas quando observo o resultado dessa liberdade de escolha, me assusto um pouco e caio na pergunta, que me gerou essa reflexão aqui exposta, de se haveria um mistério nessa "concessão" de liberdade. Se há um objetivo que possa ser atingido no final. Se após uma lapidação existisse uma única realidade da qual  pudessem os homens e as mulheres desfrutarem da paz tão sonhada durante a existência terrena.

Quando reflito sobre a ideia de o homem existir como o"Cabeça", que vai decidir os caminhos de ambos, vejo a mulher como a companheira imprescindível, que precisa usar toda a sua sabedoria emocional e todo o seu conhecimento científico também, para atenuar a carga de tal responsabilidade que recai sobre o sexo masculino ao assumir as consequências de más escolhas, contribuindo então com inspirações de qualidade. Embora achando um tanto quanto pesado demais, não vejo mal nessa estrutura e pensamento em si.

Se tudo o que foi criado obedece à uma ordem estabelecida há milhares de séculos, o que seria do sistema solar se o sol pudesse decidir nascer à noite ao invés de pela manhã? Como ficaria a existência dos planetas?

Seguindo essa linha de pensamento, vejo o início do mal ou do caos, quando esse homem (gênero masculino) que luta para salvaguardar o seu lugar de "Cabeça", não se coloca devidamente neste patamar. Alguns deles por mães que não o preparam para isso.

Observo uma desarmonia que começa também em homens que, se prevalecendo da máxima de ser  "o cabeça", maltratam as mulheres ao seu redor, vendo-as como meros objetos sem raciocínio, que devem obedecer às suas ordens, ainda que sejam imaturas, sem o menor compromisso com o que é justo e correto. Homens que não as respeitam sobre a sua fundamental importância na estrutura social e que não se esforçam para que ela estejam bem e felizes emocionalmente ao seu lado. Homens estúpidos que tem tudo nas mãos, mas insistem em cometer estultícias e desonrar o posto que tanto reivindicam.

Se, na estrutura universal é mesmo fato de que o homem seja o que deve decidir e assumir as consequências dessa decisão, esse ciclo do caos acaba sendo alimentado por mulheres que decidiram ser mais do que eles, que não aceitam que o seu curso de vida seja ditado por eles. O que analisando bem sob a ótica do livre arbítrio, até faz sentido, mas quem então assumiria o comando das coisas? Não há uma ordem cósmica ou ela é mesmo desnecessária só no tocante humano?

Por que vemos então tantas mulheres que chegaram onde queriam e que comandam as suas vidas se sentindo vazias ou sobrecarregadas por homens que não somente aceitam a condição, como se aproveitam delas?

Para finalizar o pensamento, se existe mesmo uma ordem universal, inclusive para os homens e mulheres com sua liberdade de escolha, não segui-la não significa acabar com ela, mas sim gerar um caos absoluto, exatamente como o que vemos em nossa sociedade atual.

Sou a favor desta discussão no campo científico, onde se possa buscar uma única resposta, mas como toda a boa tese, que ela esteja aberta a novas descobertas, sempre baseadas nas experiências sensíveis que possam surgir. Com o objetivo, como dito no início, a descoberta de um jeito mais harmonioso de se viver.

Termino com uma pergunta: Será que existe um mistério por detrás do livre-arbítrio, onde o segredo é aprender a obedecer, ainda que possa escolher não fazê-lo?

Por Alessandra Luiza