Por Alessandre Luiza
É tão engraçado... Embora hoje eu me considere uma pessoa bastante analítica, não vejo nisso uma categórica conclusão de ter atingido a sabedoria, virtude essa, que acredito ser bastante complexa. E por ter a convicta certeza (desculpe o pleonasmo para enfatizar bastante) de que estou bem distante de obter "a tão sonhada e venerada sabedoria" é que me tranquilizo na certeza de que este não é meu maior objetivo na vida. EU GOSTO MUITO DAS MINHAS IDÉIAS DO MOMENTO, mesmo que elas não agradem a todos e que elas sofram mutações durante o caminhar da vida. E gostar delas é uma coisa que me deixa muito feliz e forte, afinal, sou contra à falsas modéstias. Mas isso não me faz sentir sábia, nem um pouquinho. Aliás, esse título eu dispenso, pois os sábios sofrem muitos julgamentos e tem de se preocupar com a soberba. Eu não. O fato de ter convicções na vida, não me faz a mais inteligente de todas, mas me faz ter segurança das escolhas que faço, mesmo sabendo que posso errar e por aquelas que já errei.
Fico me perguntando: Porque será que o fato de uma pessoa ter boas idéias, para aqueles que comungam com elas, torna-se praticamente obrigatório que ela seja sábia, para que tenha razão? A vida de cada um é uma grande escola e ter a certeza de que embora eu tire uma boa nota em algumas matérias das provas que passo, não quer dizer que eu saiba muito de tudo o que ela pode me ensinar. Eu sempre disse aos meus filhos: Não se preocupem com a nota. Ela só é importante para o professor, pois essa aferição é quem vai definir o seu parecer em relação à sua evolução para o ano seguinte. O ideal é aprender o máximo do que é ensinado em sala de aula e nos estudos em casa. E de preferência, buscar outras referências para os mesmos assuntos, pois cada professor tem o seu ponto de vista e a sua didática particular, que não necessariamente é a melhor para você. Fora os outros assuntos que não estão pautados no cronograma da escola para a sua fase, mas que são tão importantes quanto. Conscidência ou não, eles são ótimos alunos e tiram excelentes notas. Por essa maneira super particular que eu tenho de analisar as coisas, não me sinto no direito de julgar o nível de sabedoria dos outros. De fato, há pessoas que não gostam de pensar e que não fazem uso da razão. Estas até nos preocupam muito, principalmente se tivermos estima por elas, pois são presas fáceis, nas mãos de quem é mestre no uso do raciocínio e que joga xadrez com as peças da vida, usando assim, estratégias nem um pouco éticas para domina-las. Esses, usam sim, a crítica sobre a "sabedoria" dos que os ameaçam, para confundir aqueles a quem querem atingir. Sem ao menos perguntarem se aqueles a quem estão julgando, estão interessados em serem sábios ou não. Se um dia a sabedoria me encontrar ou eu encontrá-la primeiro, terá sido o resultado de uma busca por me conhecer melhor a cada dia e viver da maneira que mais me faça realmente feliz.
Então, meus queridos,ilustríssimos e PENSANTES leitores (menos aqueles que usam a inteligência para o mal), sejamos convictos e felizes com nossas idéias e que nunca abramos mão do livre uso do raciocínio que Deus nos deu em nossa constituição genética. Sejamos firmes em nossos propósitos e não caiamos em ciladas de críticas ao nosso modo de pensar, pois esta pode ser um estratégia, muito usada na guerra, na tentativa de abater a quem eles consideram como inimigos. Uma atitude, inclusive, nada democrática.
Eu gosto muito de acreditar que temos 2 razões e esta é uma das minhas análises recentes muito particulares: A razão 1 (a mais importante) é aquela inata, que já nascemos com ela (intuição), que pode ser vista como Deus falando conosco, que está presente no primeiro pensamento, naquele mais genuíno que temos sobre uma determinada situação, análise, dúvida ou escolha a fazer. Que alguns interpretam como a voz do coração. Na minha idéia ela é a mais acertada de todas, mas dificilmente a seguimos. Porque temos a segunda razão: A que adquirimos no decorrer da vida, com os conhecimentos passados pelo meio que nos cerca, em casa, na escola, com os amigos, no trabalho, etc... Essa, embora eu considere importante, bate constantemente de frente com a voz que vem da razão 1 ou do coração, como queiram. Eu percebo que agente até pode fazer uma escolha ou análise fazendo uso apenas da razão 2, mas a razão 1 sempre vai dar o seu parecer. O coração sempre vai piscar para sim ou para não, mesmo que agente finja que não está percebendo nada. Querer fazer a coisa mais certa ou mais sábia, pode por si só nos fadar ao erro. O excesso de flexibilidade, pode nos tirar a identidade. Então, façamos sempre uso da nossa razão 1 (conhecimentos) sem esquecer da nossa razão 2 (intuição ou coração). Assim, agente pode até correr o mesmo risco de errar, mas por nossa própria consciência e não porque fomos mal influenciados por alguém, pois esses, já estão condenados e não estão nem um pouco preocupados com isso. Não serei eu quem estarei.
"Melhor errar o homem tentando buscar a compreensão mediante à sua razão, se autodesenvolvendo, do que passar uma vida inteira errando às conclusões alheias, encontrando a desilusão por não ser forte o suficiente para ter sido ele mesmo" Alessandra Luiza.
Sócrates e Platão, filósofos gregos. |
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