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quinta-feira, 20 de agosto de 2020

A Beleza e a Importância da Velhice

Por Alessandra Luiza
Como não amar a velhice? 
Se é justamente nela que descobrimos o sentido de tudo? 
Se é nela que descobrimos o valor do silêncio e com ela aprendemos a prestar atenção à intuição e segui-la sem argumentações por confiança e empirismo?
As consequências de desprezá-las agora são sentidas na experiência. 
É só depois de muito tempo que se consegue compreender que muitos equívocos poderiam ter sido evitados 
Ou que outros caminhos poderiam ter sido escolhidos.
Nessa diminuição de euforia e ansiedade, se vê pela primeira vez as águas mansas, paradinhas... 
E só na ausência de companhias que a velhice trás, é que se pode deixar esse fenômeno acontecer. 
O mar calmo abre as janelas do coração, da mente, da auto-proteção que o agito força a defender. 
Na juventude é praticamente impossível estar só. 
O mundo à volta não deixa! 
Eu ainda não cheguei no que chamam de velhice por faixa-etária, mas tive o privilégio de conhecer e conviver com o silêncio. 
Descobri cedo o valor da solitude numa pausa que chamo de "presente da vida". Tive a oportunidade de antever o que só a velhice pode ofertar e que eu gosto de chamar apenas de "maturidade". 
Vou continuar cuidando para chegar na fase senil com o máximo de saúde possível, para desfrutar da sabedoria com muita alegria e vigor, que a juventude trás e que a idade leva. Já que foi possível trazer a reflexão da velhice antes da hora, levarei um pouco da juventude para a última parte da vida, se assim Deus permitir. 
Acho que pode ser bom e serei grata.

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