Por Alessandra Luiza
Como não amar a velhice? Se é justamente nela que descobrimos o sentido de tudo?
Se é nela que descobrimos o valor do silêncio e com ela aprendemos a prestar atenção à intuição e segui-la sem argumentações por confiança e empirismo?
As consequências de desprezá-las agora são sentidas na experiência.
É só depois de muito tempo que se consegue compreender que muitos equívocos poderiam ter sido evitados
Ou que outros caminhos poderiam ter sido escolhidos.
Nessa diminuição de euforia e ansiedade, se vê pela primeira vez as águas mansas, paradinhas...
E só na ausência de companhias que a velhice trás, é que se pode deixar esse fenômeno acontecer.
O mar calmo abre as janelas do coração, da mente, da auto-proteção que o agito força a defender.
Na juventude é praticamente impossível estar só.
O mundo à volta não deixa!
Eu ainda não cheguei no que chamam de velhice por faixa-etária, mas tive o privilégio de conhecer e conviver com o silêncio.
Descobri cedo o valor da solitude numa pausa que chamo de "presente da vida".
Tive a oportunidade de antever o que só a velhice pode ofertar e que eu gosto de chamar apenas de "maturidade".
Vou continuar cuidando para chegar na fase senil com o máximo de saúde possível, para desfrutar da sabedoria com muita alegria e vigor, que a juventude trás e que a idade leva.
Já que foi possível trazer a reflexão da velhice antes da hora, levarei um pouco da juventude para a última parte da vida, se assim Deus permitir.
Acho que pode ser bom e serei grata.
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