Queridos amigos leitores,
Hoje os convido a refletir comigo sobre algo tão atual e ao mesmo tempo tão "primitivo", deveras importante no momento de transição evolutiva que a nossa sociedade vive: Os impactos que as substâncias químicas utilizadas meramente com fins alucinógenos ou "causadoras de felicidade" tem na vida das pessoas individualmente e/ou em grupo.
Gosto tanto desse espaço, pois nele eu posso me expressar, embora com responsabilidade, da maneira que eu penso, como eu vejo, da forma que acredito e sabendo que não estou impondo nada a ninguém. Mas saber que minha contribuição, pequena como seja, vai ficar guardada aqui para quem a queira conhecer ou até aproveitá-la de algum modo, já me deixa bem feliz!
O debate se iniciou, mas as fofocas do momento, como: corrupção, crise e guerra política, terrorismos, mortes, etc, sempre acabam dominando a cena e desviam a discussão sobre esse assunto tão importante! E assim famílias e famílias, sabe-se lá em que proporção, vão seguindo sofrendo traumas silenciosos, muitas vezes irreversíveis dentro de seus lares. Quem perde com isso? Mais uma vez a sociedade como um todo!
Eu quero utilizar este espaço para discorrer sobre o tema porque tenho observado, visto e experienciado muita coisa que precisa ser compartilhada e discutida.
Se drogar pra ser feliz, pra fugir da realidade, pra criar mais, pra desinibir, pra trabalhar melhor, pra ser livre, pra protestar política, pra chamar a atenção, pra esconder problemas... São "N" motivos, cada indivíduo com o seu ou os seus. Todos são unânimes em afirmar que é uma escolha e em lutar bravamente por este "direito". A minha dúvida é a seguinte: Escolha ou ilusão? Escolha na minha visão vem de uma análise, onde depois dela, se assumem os ônus e bônus, responsabilizando-se por eles, em todos os sentidos, financeiros inclusive! Quem está pagando a conta da escolha do nosso debate de hoje: fazer uso de substâncias químicas com fins puramente alucinógenos? Em que momento e em que contexto se faz esta escolha? Há condições ou não de se arcar com as consequências que virão desta escolha? Outro questionamento: escolha de quem? Baseada em que valores, em que objetivos? Do indivíduo? Da família? Da sociedade na qual ele está ele inserido. Lembrando que fim medicinal é outra história, não se deve confundir nunca o debate!
Droga pura, natural ou química... Outra polêmica que levanta os mais diversos e mirabolantes argumentos para a liberação do tipo: Se cultivar não tem perigo! Alegação comumente utilizada pelos mentirosos aliciadores. Aliás, muitos não se veem assim por pressupor que as drogas se vendem sozinhas. Só se for pra quem conhece! Lojas de eletrodomésticos também vende fogão, geladeira, televisão, sem precisar propaganda. Quem precisa destes utensílios sabe bem onde encontrar. Mas pra vender mais, muitas utilizam os recursos da propaganda enganosa para atrair clientes. Elas ofertam! Assim como os aliciadores (vendedores). Eu tenho várias dúvidas polêmicas: Cultivar o que? Cogumelos, canabis, papoula? Com que objetivo? Quem vai cultivar? Com que tempo? Quem trabalha vai continuar comprando, porque cultivo exige tempo e atenção. Quem vai fiscalizar as adições para aumentar o volume e viciar mais ou menos? Porque quem vende, SEMPRE quer lucrar e muito? A ANVISA? Isso daria alguma garantia de ser menos maléfica para a saúde? Tenho todas as incertezas do mundo sobre esta questão devido às diversas drogas "licitas" altamente comprometedoras da saúde física e mental, que o mercado oferece livre e legalmente, com indicação "respeitosamente" médica. Definitivamente, na minha visão, nenhum tipo de droga alucinógena será inofensiva, nem com a melhor política do mundo!
Os menores... Ah! Os menores... Os que mais vulneráveis estão aos aliciadores... Pela inexperiência, pelas mil e uma inseguranças causadas pela transição orgânica natural, pelo medo de crescer e das responsabilidades que virão, pela expectativa da família sobre o seu futuro, pelas ilusões e deturpações de valores que a sociedade muitas vezes impõe, por problemas pessoais mal resolvidos de infância, enfim... Quantas razões para uns e desculpas para outros, dependendo da mente, dos valores e do coração de quem avalia. Quem os protegerá? Os órgãos governamentais instituídos pelo ECA? Me pergunto onde estão órgãos de proteção aos menores nas festas adultas das madrugadas, em locais de acesso público, como praças, raves, biers da vida? Muita criança passando mal no dia seguinte! Onde estão os pais? Muitos deles dormindo, seja por displicência, negligência, covardia ou muitas vezes por desistência! Sim! Porque é bem difícil controlar os efeitos que substâncias tão nocivas causam no humor das famílias. Quem consome, contamina a casa toda. Todos adoecem! Fato! Os pais ensinam a usar drogas? Alguns até que sim, mas eu acredito que seja uma pequena minoria! Quem coloca a droga na sociedade para ser ofertada? São os pais? Quem deve cuidar da segurança dos jovens e da sociedade fora das suas casas? É a família? Os jovens precisam iniciar a sua independência fora do ambiente familiar para aprender a fazer suas próprias escolhas. Acertam mesmo os pais os que se auto-contratam como motoristas dos filhos? Levar e buscar numa festa garante mesmo que um menor ou mesmo um jovem não consuma substâncias alucinógenas altamente viciantes e perigosas, que comprometem o futuro dos indivíduos? O Estado pode se eximir e colocar a culpa apenas na família? Famílias que ficam acordadas tem sucesso na diminuição do consumo de drogas? A família pode proibir um jovem adolescente de sair nas madrugadas? Muitos argumentam para os pais que é contra lei!
Pessoal! A questão é muito séria!!!! O crime organizado treina adultos e jovens com tamanha destreza que vai não somente do uso, mas aos argumentos que eles devem utilizar dentro de suas casas, inclusive utilizando o ECA naquilo que os beneficia. O comportamento, ainda que rebelde de um jovem que não usa nenhum tipo de droga, como álcool, por exemplo, para o que usa, é completamente diferente. Os hábitos de higiene e senso de organização são destruídos, o interesse pelos estudos cada vez diminui até se esvair por completo, as crises de rebeldia são multiplicadas muitas vezes, culminando em agressividade e desrespeito fora dos limites. Quem consegue contê-los? Julgar as famílias é o caminho mais fácil! Mas tentar enxergar a verdadeira raiz e unir forças para destruir algo tão destrutivo numa sociedade, dá muito trabalho. poucos se dispõe de verdade a fazer esse "trabalho sujo". Afinal de contas, são pessoas muito poderosas por trás! O engraçado é que grande parte dos "poderosos" não faz uso de drogas, mas utiliza como algoz o dinheiro e o poder que dela brotam.
As drogas não pagam impostos? Diretamente não! Mas o dinheiro que ela gera sim! O consumo que ela vai gerar depois da arrecadação de uma festa, por exemplo, vai para os cofres públicos, através de compras feitas pelos pequenos ou pelos grandes traficantes! Dentro disso tem também a famosa: "Lavagem de dinheiro! Muuito dinheiro!!!! Essa acontece quando o dinheiro arrecadado pelo crime entra na conta-corrente de uma empresa que forja um faturamento, que não houve, para aquela quantia.
Veja mais aqui:
LAVAGEM DE DINHEIRO
As formas e os argumentos para o convencimento, não somente para o uso, mas também a aceitação em massa da própria população, estão cada vez mais audaciosos, cheios de sofismas, porém nunca menos mentirosos e escusos!!!
Vamos letargir a sociedade! Os intelectuais não podem pensar livremente. Isso seria muito perigoso! Diga-lhe que com drogas o pensamento vai fluir melhor! Diga ao artista, que ele terá mais ideias! Diga ao jovem deprimido que a viagem vai tirá-lo da rotina cansativa de sua triste vida e das "neuroses" da família! Diga ao estudante que ele vai ficar com uma memória incrível e vai se surpreender com resultados! Diga que viemos ao mundo para viver somente esta vida e que são as aventuras que se levará dela? Para onde? Só se for para a morte, para a vergonha, para o mau caratismo, para a mentira... Ou para não ser ninguém, além de uma substância cruelmente nociva!
Tem outra linha que ensina ao jovem a "se fazer," para a família. Se fazer de bonzinho, de bom filho, de trabalhador, de estudioso... Trate bem seus corôas (eles é que bancam!) Faça selfies com eles. Sejam inteligentes e assim estarão livres das suas chatas cobranças e poderão usar o que quiserem e "fritarem" à vontade. E lembrem-se: Violência deles contra vocês, nunca! Isto é crime! Mas se vierem para cima, protejam-se! Mostrem quem é que manda!
Aos que não podem pagar pelo uso, não há problema. Você é legal, é inteligente! Eu te ofereço de graça! Por quanto tempo? Até você viciar e eu poder te cobrar o que eu quiser e você vai ter que fazer, inclusive se prostituir, roubar e traficar! Tudo certo, nada errado, afinal, você é menor! Apenas uma pequena troca de favores, porque você é uma pessoal muito especial pra mim!
Que jovem enxergando a realidade, entraria numa furada dessas? O que os faz acreditarem em tantas ilusões? Culpa somente da família? Que cruel e simplista julgamento! Desumano!
Famílias são vulneráveis, não recebem instruções técnicas na escola, NEM OS ALUNOS! Por que o tabú? Preconceito ou estratégia para manter o status quo? Mais uma vez digo que depende da intenção de quem comanda e de quem executa o comando. Por que a escola não pode abordar o assunto? A questão é delicada sim, mas pensar estrategicamente em saídas, é obrigação do estado! É ele quem precisa criar políticas públicas de esclarecimento e combate. Junto à sociedade, com a união da saúde pública, dos profissionais e instituições educacionais, da segurança pública, da famílias...
Preconceitos:
Só entram nessa vida os jovens pobres, que são maltratados em casa, que não recebem atenção e orientação, com famílias desestruturadas! Definitivamente esta é uma afirmativa mentirosa e muito, muito cruel!
Eu ainda não consigo entender como um jovem bem orientado e de boa família pode cair num papo sem pé e nem fundamento de um aliciador, mas certamente para se chegar a uma resposta, o pré-conceito não é bom aliado! Como reorientar os jovens que de fato não receberam uma boa orientação sem que para isso se precise odiar e atirar pedras na família que foi negligente? Como reestabelecer um ciclo saudável dentro desta casa que por algum motivo se constituiu desestruturada? O CAPS, o CRAS, o Conselho Tutelar faz são os órgãos de apoio para o assunto. Como cada um age quando um pai ou uma mãe ou um familiar vai procurá-los para receber orientação de como resolver o problema? Eles estão trabalhando em conjunto ou isoladamente? Que opinião a sociedade tem sobre o trabalho destes órgãos acerca da dependência química? Há condições de manter o usuário no seio familiar sem que ele receba um tratamento de desintoxicação e de orientação técnica sobre a escolha que fez, fora do ambiente de brigas e desentendimentos ocasionados naturalmente pelo uso das substâncias? A família teria condições de lidar com o problema apenas com acompanhamento de consultas eletivas? Quando cabe uma internação? Quando há gestões que limitam as possibilidades de tratamentos para famílias de baixa renda que não podem pagar pelo tratamento? Quando Há negligência da família e por que? Quando há negligência dos órgãos, por quais motivos? Tem muita gente que está se mobilizando para diminuir as desigualdades em nossa sociedade. Muitas áreas como: Habitação, educação, saúde, estão envolvidas em busca de solução. As drogas estão completamente inseridas nesse contexto e precisa ser debatida o quanto antes, pela saúde mental da nossa gente!
As drogas alucinógenas ilícitas, as lícitas, as toxinas dos alimentos, da água, do ar e as alterações forçadas do clima, a alienação midiática, são guerras silenciosas, veladas, que se não forem amplamente debatidas, continuarão a destruir toda e qualquer iniciativa positiva para desenvolver e melhorar a vida da nossa sociedade. Muito dinheiro acaba sendo jogado no lixo.
Precisamos de uma sociedade pensante e não letárgica!
S.O.S respeitosa e humana presidenta Dilma Roussef!!!! Este grave assunto está fazendo nossas famílias sofrerem! Este debate precisa entrar na pauta nacional!
Órgãos de auxílio:
CRAS
CAPS
CONSELHO TUTELAR
CONANDA - Participação Social