Nobres leitores deste blog,
Me pego hoje numa reflexão íntima que acho interessante dividir aqui com vocês, com o objetivo de uma busca por respostas para a pergunta: Qual seria a estrutura social mais saudável pra gerar harmonia entre a humanidade? Essa é uma pergunta bastante complexa que perpassa milênios e que independentemente do pensamento dominante do momento, sempre há conflitos e mais perguntas e acabamos por ter sérias dificuldades de encontrar uma única definição que nos leve à paz. Apesar de tantas controvérsias, viver com tranquilidade é o que todos os seres humanos almejam.
O pensamento Cristão, que tantos defendem, inclusive eu, era de extremo respeito às mulheres, seja qual fosse a sua escolha de vida e as inseriu em vários contextos da passagem de Jesus pela Terra.
No entanto, uma grande parte do pensamento religioso insiste em colocar a mulher como ser inferior ao homem, justificando até hoje a passagem bíblica da gênesis que conta que o ser feminino nasceu da costela do varão.
No momento atual vivemos uma verdadeira batalha, extremamente necessária diante dos sofrimentos e incompreensões históricas, entre o gênero masculino e o feminino, na busca pela afirmação definitiva de quem é mais importante ou forte ou inteligente ou capaz, do que quem.
Observo tudo isso e compartilho com vocês a minha visão juntamente com o sonho, quase utópico, de que haja uma mudança nesse debate e que um dia, todos os homens e mulheres, possam se interessar com a mesma intensidade em descobrir de fato, qual seria a melhor saída para um convivência saudável e prazerosa, para ambos.
Começo a expressar a minha visão analisando a frase tão defendida por uns e tão repugnada por tantos: "O homem é o cabeça da família e da sociedade".
Eu concordo com ela e me identifico! Sim! Mas tenho muitas observações em seu torno também!
Numa conclusão momentânea, o que não tomo com uma verdade absoluta, mas diante às minhas experiências e minhas observações, estando sempre aberta à controvérsias e a bons argumentos, acredito ser a frase citada uma máxima de uma "matrix" da qual estamos inseridos. Obedecendo a uma ordem cósmica. Assim como funciona todo o ecossistema universal, onde cada qual exerce o seu papel, sendo o homem e a mulher, tecnicamente, os únicos seres que podem contestar e escolher de acordo com o seu arbítrio, seguir ou não à uma ordem social e a criar quantas achar que convém.
Mas quando observo o resultado dessa liberdade de escolha, me assusto um pouco e caio na pergunta, que me gerou essa reflexão aqui exposta, de se haveria um mistério nessa "concessão" de liberdade. Se há um objetivo que possa ser atingido no final. Se após uma lapidação existisse uma única realidade da qual pudessem os homens e as mulheres desfrutarem da paz tão sonhada durante a existência terrena.
Quando reflito sobre a ideia de o homem existir como o"Cabeça", que vai decidir os caminhos de ambos, vejo a mulher como a companheira imprescindível, que precisa usar toda a sua sabedoria emocional e todo o seu conhecimento científico também, para atenuar a carga de tal responsabilidade que recai sobre o sexo masculino ao assumir as consequências de más escolhas, contribuindo então com inspirações de qualidade. Embora achando um tanto quanto pesado demais, não vejo mal nessa estrutura e pensamento em si.
Se tudo o que foi criado obedece à uma ordem estabelecida há milhares de séculos, o que seria do sistema solar se o sol pudesse decidir nascer à noite ao invés de pela manhã? Como ficaria a existência dos planetas?
Seguindo essa linha de pensamento, vejo o início do mal ou do caos, quando esse homem (gênero masculino) que luta para salvaguardar o seu lugar de "Cabeça", não se coloca devidamente neste patamar. Alguns deles por mães que não o preparam para isso.
Observo uma desarmonia que começa também em homens que, se prevalecendo da máxima de ser "o cabeça", maltratam as mulheres ao seu redor, vendo-as como meros objetos sem raciocínio, que devem obedecer às suas ordens, ainda que sejam imaturas, sem o menor compromisso com o que é justo e correto. Homens que não as respeitam sobre a sua fundamental importância na estrutura social e que não se esforçam para que ela estejam bem e felizes emocionalmente ao seu lado. Homens estúpidos que tem tudo nas mãos, mas insistem em cometer estultícias e desonrar o posto que tanto reivindicam.
Se, na estrutura universal é mesmo fato de que o homem seja o que deve decidir e assumir as consequências dessa decisão, esse ciclo do caos acaba sendo alimentado por mulheres que decidiram ser mais do que eles, que não aceitam que o seu curso de vida seja ditado por eles. O que analisando bem sob a ótica do livre arbítrio, até faz sentido, mas quem então assumiria o comando das coisas? Não há uma ordem cósmica ou ela é mesmo desnecessária só no tocante humano?
Por que vemos então tantas mulheres que chegaram onde queriam e que comandam as suas vidas se sentindo vazias ou sobrecarregadas por homens que não somente aceitam a condição, como se aproveitam delas?
Para finalizar o pensamento, se existe mesmo uma ordem universal, inclusive para os homens e mulheres com sua liberdade de escolha, não segui-la não significa acabar com ela, mas sim gerar um caos absoluto, exatamente como o que vemos em nossa sociedade atual.
Sou a favor desta discussão no campo científico, onde se possa buscar uma única resposta, mas como toda a boa tese, que ela esteja aberta a novas descobertas, sempre baseadas nas experiências sensíveis que possam surgir. Com o objetivo, como dito no início, a descoberta de um jeito mais harmonioso de se viver.
Termino com uma pergunta: Será que existe um mistério por detrás do livre-arbítrio, onde o segredo é aprender a obedecer, ainda que possa escolher não fazê-lo?
Por Alessandra Luiza
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