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sexta-feira, 9 de julho de 2010

BATER OU NÃO EM NOSSOS FILHOS...

Por Alessandra Luiza
Momento de dividir mais alguns pensamentos e atitudes que tornam este nosso espaço cada vez mais verdadeiro, atingindo assim o objetivo a que se propõe.
Filhos para mim representam: Realização humana, continuidade, alegria, pureza e verdade dentro do lar, renovação e aprendizado constantes, incentivo de vida, o maior e fundamental exercício de paciência, que só nos tornam pessoas melhores, mais felizes, compreensivas, encorajadas, resignadas e com muito mais fé.
E os meus quatros filhos sabem disso, porque desde que nasceram faço questão de, não somente recitar, mas também de demonstrar este imenso amor no dia-a-dia.
Mas um assunto muito polêmico em meio a tanto amor, que deixa QUALQUER MÃE insegura na hora de educar: Bater ou não, como impor limites, o que caracteriza agressão, é possível amar e bater, é possível dar uma boa educação sem palmadas. O que é uma boa educação.
Não sou psicóloga, mas este assunto sempre me interessou muito! Desde o meu primeiro filho.
Eu apanhava raramente da minha mãe, quase que de ano em ano, mas quando ela me pegava... sai de baixo! Mas não tem uma dessas "coças" que eu não me lembre exatamente o porque que eu apanhei. E analisando hoje, com a bagagem de mãe que eu tenho e levando-se em consideração de que ela foi meu pai e minha mãe (responsabilidade dobrada), vejo que não somente acertou em todas, como também foi bastante paciente. Porque sempre que ela podia, conversava horas comigo também e me dava muitos conselhos. Eu é que, assim como todas as crianças do planeta, insistia em não seguir. Muitas vezes para testar os limites da paciência dela e outras para chamar a sua atenção. E não escapei das chineladas e beliscões no dia-a-dia, que minha tia e minha avó me davam, porque tomavam conta de mim.
Hoje, com tudo o que aprendi com elas, somado aos meus instintos e a minha própria visão do mundo, procuro não ser tão intensa como elas foram em alguns momentos, mas não me sinto nem um pouco culpada quando pego "o meu querido amigo CHINELO", que muitas vezes é mais respeitado do que eu, porque ele causa dor e eu não. Por isso não gosto de bater com minhas mãos. Algumas vezes já usei o cinto, mas abandonei esta prática que é mais intensa, a conselho do meu marido. E o resultado é o mesmo: Eles conhecem perfeitamente os seus limites de "civilidade" que temos por OBRIGAÇÂO passar para os nossos filhos. E falando assim, pode até parecer que tudo tenha que ser resolvido desse jeito, mas não! Tem atitudes que eles estão testando que precisam de uma correção pra "acordar pra vida".
A minha teoria é de ensinar rigorosamente até os 10 anos e depois agente começa a soltar aos poucos pra testar se eles estão aprendendo direitinho. Um monge só sabe realmente se encontrou a paz interior quando vem para o meio dos humanos comuns, onde sua paciência será testada a todo o momento.
Pois bem, aqui é o país em que bater nos filhos não é crime e conscidência ou não é o país que mais amor tem para dar. E nos países que se dizem mais desenvolvidos, em que bater numa criança dá cadeia, as pessoas são mais frias, individualistas e egoístas.
Não estou falando de crueldade, que na minha visão tem sentido duplo: Posso beijar alguém e odiá-la e posso bater por imenso amor. Não falo sobre pessoas terrivelmente marcadas pela ausência total de amor ou abandono, que foram alimentadas pelo ódio de pais monstruosos.
Falo de quem bate sentindo amor, por desespero de querer o bem de alguém. Isso não machuca. Pode até deixar alguma marca física (sem exageros), mas quando o outro entende que aquele gesto o salvou de uma inclinação negativa de caráter, ele se sente extremamente amado e feliz!
Ao contrário daquele que não foi corrigido severamente porque os pais sentiram PENA (um dos piores sentimentos para quem o recebe) ou ainda por falta de coragem e medo da reação. Esses se tornam eternos reféns dos filhos, que quanto mais vão crescendo, mais certos querem estar e menos regras ou comandos querem seguir. Perda total do controle. A família não tem um CABEÇA. São filhos autoritários e pais que tentam retomar as rédeas, que nem sabem em que momento as perderam. E os filhos gritam e os pais recuam, ponderam, aceitam, compreendem demais o que muitas vezes o filho nem quer que compreendam. Eles só querem a atitude de CORAGEM e a CONVICÇÃO dos pais. E só isso!
Antes de a criança receber uma correção mais dura, ela precisa ter a segurança de que É AMADA, IMPORTANTE na vida de seus pais, aquilo não deve ser feito e porque (qual a consequência na vida), que seus pais são um exemplo naquilo, que já foi avisado com carinho e que se levar uma chinelada, por exemplo, foi ela quem pediu. Normalmente nesta hora eles pensam melhor e não fazem. Se insistir, eu digo: Ah! Conversando não adianta? Então tá! Aí eu faço que vou pegar e QUASE SEMPRE DÁ CERTO!
Como não dar uma boa chinelada ou pelo menos ter o amigo chinelo nas mãos quando já falamos inúmeras vezes a mesma coisa, já estabelecemos combinados, já foi dito o porque que cada coisa deve ser e ainda assim os pequeninos insistem em não cumprir. E justamente coisas primordiais na formação de um cidadão de bem? Acho que Deus nos cobraria depois.
Como permitir que os filhos falem para nós o que querem sem ao menos nos olhar como as pessoas que mais os querem bem na vida. Como permitir que gritem conosco e nos ofendam como se fossemos os seus colegas da mesma idade? Nesta hora eu sou tão rigorosa quanto à minha mãe. Uma bela mãozada na face é extremamente necessária. É quase que uma obrigação. Por duas vezes precisei usar este recurso com meus filhos, mas faria novamente, caso fosse preciso, sem o menor remorso ou sentimento de culpa. E eles contam hoje com admiração pelo meu gesto. Uma professora uma vez quando soube disse a um deles: Eu conheço a sua mãe! Você deve ter aprontado alguma muito séria! E hoje falam tudo o que querem para nós, aliás, aprendemos mais com eles do que julgamos ter ensinado, e mesmo que irritados, não perdem o semblante de carinho e respeito. Percebemos que procuram dizer de um jeito que não nos machuque. E olha que já disseram foi coisa! Isto para mim é amor, é família.
Na vida, quando nos comportamos mal, o castigo é muito pior. Choro de chinelada não é tão ruím quanto a dor gerada por atitudes impensadas, indiciplina exagerada, falta de valores morais. O peso da mão dos pais não se compara ao pesar de sofrimento da vida. A pessoa que não recebe limites sofre muito mais que as outras. Ela não tem admiração por seus pais, que são, querendo ou não a maior referência. Pais medrosos ou ausentes são tão nocivos quanto aqueles que praticam maldade com seus filhos. E aqueles pais que não batem, mas gritam e ferem verbalmente ou não acreditam em seus filhos. Terrível também, afinal a CONFIANÇA é a base de QUALQUER relacionamento. Ou os que manipulam e chantageiam com o poder do dinheiro, que formam pessoas inseguras e que não acreditam em sua própria capacidade...
A paciência que devemos exercitar, não é sinônimo de permissividade ou deixar pra lá. Pelo contrário! É ter a consciência incansável de que todo o trabalho diário da educação só vai dar resultado com o passar dos anos. Não adianta achar que porque teve uma conversa de uma hora e que eles entenderam no momento, que vai ficar tudo bem, que vão seguir sem problemas. Puro engano se pensar assim. Seja paciente de esquecer de contar as vezes em que precisará repetir a mesma conversa ou a mesma chinelada, quantas vezes forem necessárias, até que eles demonstrem ter aprendido.

Agora, bater com raiva da criança pra mim é uma tremenda COVARDIA e me dá um nó de tristeza quando vejo uma passar por isso! Em imaginar que os pais que não pensam, estão perdendo um momento tão mágico da criança em que os valores de amizade da família estão sendo formados. Não bato NUNCA quando vejo que aquela atitude errada eles viram em mim ou no pai. Nunca descontei problemas pessoais nos meus pequenos queridos, que são o meu elixir do amor quando estou com a cabeça cheia. Eles sempre tem algo de lindo pra me dizer. Sou completamente apaixonada por eles.
Vou parar por aqui porque tenho que buscar meus pequenos queridos na escola.
Depois corrijo os erros de português.
Me perdoem, queridos leitores.
Plurimulheres são carinhosas, esclarecedoras, convictas e firmes na educação de seus filhos.
PARA MIM O SLOGAN: NÃO BATA, EDUQUE! É O MESMO QUE: NÃO RESPIRE! INSPIRE (E O EXPIRE). Bom mesmo é o equilíbrio, sempre!
Meu mais precioso afeto a todas!

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