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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

COMO VOCÊ VÊ AS COISAS?

Por Alessandra Luiza

"Nunca acredites somente naquilo que vês, pois o que entendes naquilo que vês é apenas aquilo que queres enxergar".
Esta frase não é minha, mas já li algo parecido em alguma época da minha vida. E é justamente esta expressão que me inspira hoje a fazer mais uma análise e comparação com a realidade do nosso dia-a-dia.
Embora seja uma realidade, não é o comportamento ideal aquele que se furta à coerência, à verdade e à lógica.
Estabelecer critérios pessoais, com base nos enganos próprios inadmitidos ou até mesmo desconhecidos para avaliar as coisas, ao meu ver é fadar a análise a um fracassado equívoco, que pode causar injustiças irreparáveis. Para os indivíduos que utilizam apenas parâmetros pessoais para analisar uma determinada situação, pouco importa a veracidade ou as circustâncias que envolvem os fatos. O que importa é o interesse que existe sobre o fato. Ou seja, As pessoais parciais, entram num processo insconsciente de escolher o que querem ver. Se uma coisa ruím, vão se ater a qualquer ponto ou até mesmo criar circunstâncias que possam denegrir ou manchar determinada situação ou pessoa e eliminam do seu parecer qualquer ponto positivo que possa elevá-la. Se querem ou precisam ver o bem, vão desconsiderar qualquer traço negativo que possa atrapalhar a sua análise ou recordar-se e criar apenas coisas boas.
Esse jogo parcial é bastante perigoso e é preciso muita estratégia para lidar com estes individúos e inteligência emocional para não cair neste erro no momento de uma avaliação.
A imparcialidade é o melhor caminho para uma análise justa, pois não formamos opiniões com base apenas nas emoções e sim no que realmente é ou não é. E neste caminho é sempre bom nos colocar dentro da situação. Precisamos analisar as nossas atitudes diante da situação em questão e sempre, sempre, buscar o que motivou um fato, de fato. Colocar-se no lugar do outro é utilizar-se da virtude EMPATIA, fundamental num julgamento coerente. A empatia pode nos trazer a realidade da motivação dos fatos. E a motivação dos fatos, pode nos trazer verdadeira a raiz dos acontecimentos. Isto não quer dizer que utilizar-se da empatia é encontrar sempre boas razões, mas certamente nos possibilitará sermos menos injustos nos nossos julgamentos.

Comecemos esta prática tão saudável, com nossas próprias atitudes e passemos a enxergar a nossa vida e a dos outros como elas realmente são e não como queremos ver. Sejamos o mais justos que pudermos ser, sempre.

Eu já pratico a empatia e imparcialidade com os que amo e com os outros e vc?

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